terça-feira, 3 de junho de 2008

Crepusculuar

É rajada de vento que descabela o mundo
insinua sutilmente o despudor pra quem o negue
rasga a eloquência da burrice consentida
e sem consentimento
a remonta em pedaços com a vileza mais viril

É sabor picante que arranca gritos calados
racha com o sorriso elos inquestionáveis
e embriaga o ar sóbrio das certezas
pra apurar o verso pobre da voz lânguida e servil

É quem desloca em saltos flamejantes
pra esquecer a cadencia dos passos
pés apontados a infinitude celeste
derramam o brilho do crepúsculo
e enfim faz-se algo útil
para alguém que nunca sentiu


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