quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

rodavida

O tempo passa e a gente percebe que não,
sorte ou desgraça
é tudo ilusão!

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Como pontos luminosos que despontam no céu, as almas são lançadas nessa planeta. Sem saber exatamente para onde jorrar a sua luz natural, muitas perdem o brilho e encerram-se em dilemas banais.

Saberemos onde , reencontrar a fonte, sem caducar nos primeiros tropeços?

Vale a pena pensar, todos os dias, em meio as tarefas automáticas, entre os respingos de água na pia, na bagunça cotidiana, no vapor do chá servido à mesa... para que tudo isso?

Sem receio de um abismo sem fim. Há de surgir!

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Ah, não, não sou eu quem tem que ter vergonha de ousar, de repente causar, dar um salto para fora da linha. Já não me sinto à vontade nessa direção imposta, seguindo a maioria inerte para onde menos importa.
Cansados da mesmisse, uni-vos! A par de toda babacaquice, caretice, estaremos além da margem, bem onde já não alcancem quem para si põe tantos nãos.
Já não quero fazer parte de um todo repartido, dividido, em competição. Penso no que pode ser nosso, o que vem bem de dentro, natural, porém, humano.
Me desloco da unanimidade burra e procuro pelo coletivo plural, algo assim diferente, inteligente e acima de tudo, verdadeiro.

continua....

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Agora, hora ingrata
poderia estar aprendendo a dançar
mas preferi escrever
segredar às palavras
e perder o par...

sexta-feira, 5 de junho de 2009

quem de nós

Lembra daquelas terças feiras imensas em que a gente sacudia o mundo só com as palavras que ninguém tinha coragem de dizer?
A gente chegava de mansinho, cada um na sua vez, e se olhava entre os silêncios com a certeza de uma noite longa pela frente. Os pensamentos vagavam e no começo reinava a paciência coletiva. Sabíamos bem quanta loucura estava adormecida a espera da usual iniciativa para o despertar.
Aguardávamos na sala da espera, para qual sempre nos dirigíamos com a certeza de nosso encontro, sem marcar ou combinar porque era simplesmente ali, todas as terças feiras....
Seguíamos para lá por não considerar qualquer outro destino uma opção.
E pode até ser, sempre um de nós era ausente, mas nada podia nos tornar incompletos.
Partíamos então em marcha para a segunda fase da noite, e apontávamos para lua, culpada de toda nossa vontade transcendental.
Já estávamos munidos contra a auto censura, quando no apartamento podíamos jogar nossos corpos naquele caldeirão de ideias febris. Primeiro, amaciávamos bem lentos, prestes a parir a sentença final sem nenhuma conclusão.
Já não lembro bem quantas verdades escarrávamos ou até mesmo o quanto engulirmos de nós mesmos. E nossa embriaguez era tão fácil que já não entendíamos o porque do cotidiano.
Houve um dia em que queríamos calar as conversas, mas invadia uma pressa tão grande de existir... era mais uma dessas terças-feiras.
Eu bem queria torná-las pra sempre, colocá-las no ciclo do meu destino essas terças feiras. Seria o mesmo esconderijo, pra onde a gente pode escorrer sem se preocupar.
Ora, o que me preocupa é se ele também pertence a vocês como a mim. Porque tudo que agarramos pode esfarelar bem assim na nossa mão. E a gente não podia pensar assim, imagina se um ousasse: guardarei essas terças feiras para mim!
Nem daria para saber qual de nós trancou o nosso dia, e a chave embaixo do tapete não adianta, se não podemos mais ver a terça feira chegar...

terça-feira, 5 de maio de 2009

um drible

Já tanto faz se a gente se reune para contar o tempo. Os fatos já demonstraram que a inevitabilidade pode ser antecedida pela fé. Pode deixar, eu explico melhor isso. Primeiro, penso na possibilidade da tragédia, depois torço contra sua ocorrência, evoco pensamentos bons, uma luta ao nível da consciência...humana sim, e assim quando ela deixa de acontecer carrego comigo o sabor da vitória, de driblar um destino que eu mesmo inventei para desconstruir!

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Um pouco de Eros

Faço versos
para reverter
tuas frases
em palpitações

Faço versos
com o céu da boca
e mostro onde cabe
tua sílaba tônica

Faço versos
para sublinhar
em pontos
como você me lê

E indico o sentido
a ser pervertido
na hora de ousar

Faço versos
perversos

E para quem mais queria usar




sexta-feira, 6 de março de 2009

Graduada

vale a pena [apos]tar num[a pós]?