Só não esqueça de apertar o nó da gravata. Pra que mesmo?
quinta-feira, 12 de junho de 2008
o dia
Dispersar-se nesse momento não seria a melhor das opções. Segue em linha reta, deixa o asfalto te guiar. Dê ouvido aos pensamentos e às pernas que sorriem na elegância de sua travessia. Olhar pode. Mas não esqueça os alarmes cotidianos: ATENÇÃO! Buzinas gritam insossas em som monossilábico: é melhor apressar o passo. Divaga sobre o tempo. O céu não te condena a abrigar-se, enquanto as nuvens se mantiverem em múltiplos fragmentos, sem ameaçar poças no caminho. E o ponteiro não deixa desacelerar, alcance a pontualidade.
terça-feira, 3 de junho de 2008
Crepusculuar
É rajada de vento que descabela o mundo
insinua sutilmente o despudor pra quem o negue
rasga a eloquência da burrice consentida
e sem consentimento
a remonta em pedaços com a vileza mais viril
É sabor picante que arranca gritos calados
racha com o sorriso elos inquestionáveis
e embriaga o ar sóbrio das certezas
pra apurar o verso pobre da voz lânguida e servil
É quem desloca em saltos flamejantes
pra esquecer a cadencia dos passos
pés apontados a infinitude celeste
derramam o brilho do crepúsculo
e enfim faz-se algo útil
para alguém que nunca sentiu
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